sexta-feira, 2 de junho de 2017

Quatro em cada dez brasileiros compram por impulso

Mesmo em maio à crise financeira, o brasileiro continua comprando por impulso. Quatro em cada dez consumidores (37%) acabaram adquirindo algo que não precisavam nos últimos 30 dias, devido à facilidade de crédito. Os itens mais comprados por impulso são roupas, calçados e acessórios (14%), perfumes e cosméticos (8%), idas a bares e restaurantes (6%) e smartphones (6%), segundo a pesquisa “Uso do Crédito” realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Na visão dos entrevistados, as lojas que mais facilitam o crédito e estimulam as compras são as virtuais (29%), seguidas dos supermercados (19%) e lojas de departamento (17%).Quando recebem o contato de bancos, lojas ou financeiras lhe oferecendo cartões, aumento do limite do cheque especial ou crédito extra, 36% veem a proposta e avaliam de acordo com o orçamento, 24% não chegam nem a ver a proposta e 17% não veem a proposta porque sabem que o orçamento não permite. No entanto, 11% ouve e aceita a proposta porque gosta de ter crédito disponível ou avalia de acordo com a vontade de fazer compras.
O levantamento identificou que as formas de pagamento mais utilizadas nas compras são o dinheiro (68%), o cartão de crédito (45%) e o de débito (35%). Mais da metade (58%) buscaram evitar determinadas formas de pagamento a crédito nos últimos três meses, principalmente os financiamentos (27%) e crediários (23%).Quase metade da amostra (47%) sente que atualmente há maior dificuldade das lojas em aceitar certas modalidades de pagamento, especialmente o crediário (24%), o cheque pré-datado (23%) e o financiamento (18%).
Quando o estabelecimento não aceita a forma de pagamento que o consumidor escolheu, 37% daqueles que têm sentido mais dificuldades desistem da compra, mas 27% garantem que acabam pagando à vista. Esse tipo de pagamento é escolhido por 38% dos entrevistados caso o preço seja muito inferior que na compra parcelada, mas 19%, no entanto, preferem parcelar, caso a diferença de preço não seja grande para poder comprar mais coisas se necessário.
A maioria (67%) conhece a diferença do valor à vista e do valor parcelado de um produto. Considerando os últimos 30 dias anteriores a pesquisa, os consumidores pagaram, em média, três prestações/parcelas de cartão, cheque, empréstimo ou financiamento. Considerando todas compras parceladas feitas, em média, os entrevistados demorarão seis meses a pagar todas elas.
Cartão de crédito: o preferido
A grande aceitação do cartão de crédito entre os consumidores brasileiros transparece mais uma vez, quando se considera a forma de parcelamento preferida dos brasileiros: 61% dos que irão parcelar nos próximos mês preferem utilizar o cartão de crédito (queda de 10,8 pontos percentuais em relação a 2016). Outros 14% dizem preferir o crediário/carnê, enquanto 10% preferem utilizar o cartão de lojas.
Ainda considerando quem pretende comprar parcelado no próximo mês, no momento de definir o número de parcelas da compra, quatro em cada dez escolhem a opção que oferecer a menor quantidade possível de prestações (43%). Em contrapartida, 26% sempre pedem o número máximo de parcelas sem juros, independentemente do valor da compra, enquanto 19% afirmam que quanto maior o valor da compra, maior o número de parcelas pedidas para pagar.
Dois em cada dez entrevistados (20%) planejavam comprar parcelado roupas, calçados e acessórios, já 13% celular e smartphone e 10% móveis para a casa. Considerando até o final de 2017, os produtos mais visados para compras parceladas são celulares e smartphones (17%), roupas, calçados e acessórios (15%) e eletrodomésticos (13%).
Em oposição a quem consome devido ao crédito fácil, o levantamento do SPC Brasil e da CNDL também mostra que 23% dos consumidores tiveram crédito negado no último mês ao tentar comprar numa loja de forma parcelada, sendo os principais motivos, nome sujo (6%) e limite de crédito excedido (5%). Com o acesso ao crédito mais restrito, muitos lojistas parecem dispostos a facilitar as condições de compra e garantir mais recursos em caixa, uma vez que metade dos consumidores garante ter recebido ofertas de descontos para efetuar o pagamento à vista em dinheiro nos últimos 30 dias (50%).
Praticamente quatro em cada dez entrevistados acreditam que em 2017 está mais difícil conseguir crédito (37%, com queda de 10,2 pontos percentuais em relação a 2016), ao passo em que 33% julgam estar igual e 18% pensam estar mais fácil este ano.
Mundo Marketing

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