segunda-feira, 13 de maio de 2013

Palhaçada na Coréia



Por João Roberto Maciel de Aquino...
Liguei, bem cedo, a TV
E já vi que estava sem sorte,
Tá lá um batorezinho
Dá tal Coréia do Norte
E sem eu lhe ter feito nada
Me olhou de cara fechada
E já me jurou de morte
Somente eu, não. Meio mundo.
Coréia do Sul, Japão,
Estados Unidos, França,
Itália, o povo alemão.
Dizia o resto de tôco
Que apertava um pitoco
E não sobrava um cristão.
Peguei um ar da mulesta,
Saí de casa arretado,
Pensando: Ah se eu encontro
Com esse batoré safado
Ele ia se arrepender
De um dia conhecer
Um Braúna meio zangado.
Telefonei pra Coréia
Pra acabar logo essa intriga
E disse: Alô! Kim Jong-Un?
Ô, seu fí de rapariga
Pare de se amostar
Senão eu vou lhe mostrar
Como é que um cabra briga.
Tu num é bosta nenhuma
E quer me botar terror?
Cachorro! viado anão!
Vagabundo! Agitador!
Tu quer levar uma pisa
Nessa tua bunda lisa,
Aprendiz de ditador?
Sem armas, tu quer brigar?
Com quê? De faca? De mão?
Com essas bombas de um real
Que eu solto no São João?
De soca-soca? Cacete?
Ou soltando esses foguetes
Que aqui solta em procissão?
Teu povo passando fome
E tu querendo guerrear?
Enche o bucho de tua gente
Dá emprego, estudo, lar.
Seja um menino bonzinho
Que te dou de presentinho:
Um Playstation pra tu brincar.
Quem te aplaude hoje, obrigado,
Depois te cobre na vaia
E te lascam no cacete
Como quem mata lacraia
E levam tudo que tu tem
Como Kadaff, Hussein
E outros de tua laia.
Ele calado ficou,
Não resmungou, nem sorriu,
Desligou o telefone,
Nem de mim se despediu,
Nem quis mais cantar de galo
E nem esperou eu mandá-lo
Para puta que o pariu.
Só sei que daí pra cá
O cabrinha se aquietou.
Ontem o vi na TV
Com um cacho de fulô,
Salto alto, brilhantina
E um magote de menina
No aniversário do avô.
Tô longe mas, tô de olho,
Seu ditadorzinho fajuto!
E se der só mais um piu
Ou fizer mais um insulto,
Você vai se arrepender
Pois vai ter que conhecer
A peixeira deste matuto.
É triste ver aquela gente
Sofrer sem fazer alarde,
Escravos de um regime
Ditatorial covarde.
Mas, o mal não vai perdurar
E aquele povo há de gritar
Liberdade! ainda que tarde.
Lugar bom é meu Brasil,
Com imprensa sem vigia.
Qualquer um grita, critica,
Faz greve, protesta, chia,
Caça político ladrão,
Muda o poder com eleição
e… Viva a democracia!

Fonte: Bar de Ferreirinha

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