Até que um certo dia,
entretanto, um menino ao andar naquele lugar procurando materiais para
reciclagem encontrou-a , e como fazia sempre com o material , levou –a um
comprador desse tipo de material. Era um senhor alto gordo e de farto bigode
preto.
Antes de receber o dinheiro
pela latinha, porém, Pedrinho, como era chamado o menino,fez-lhe um pedido: -
Senhor, esta latinha estava abandonada à beira de um córrego e quando fui
pegá-la, tive um susto , pois ela olhou para mim e fez-me um pedido. Ao ponto
que o senhor interviu: - Qual foi o pedido, garoto? - Ela pediu-me que queria
ser reciclada, mas com uma condição: Não como recipiente de refrigerante.
Disse-me que o refrigerante é muito nocivo à nossa saúde. Queria ser útil à
humanidade.
Antes de calar-se, prometi que
faria isso pra ela! O senhor promete fazer isso pra mim? Pra gente? Meses
depois, já com outra cor, uma cor azul, a cor do céu, do mar, ela aparece
sorridente, feliz numa estante de um grande laboratório farmacêutico, mas
servindo agora como recipiente de uma substância revolucionária, que combate as
maiores doenças da humanidade: a inveja, a desonestidade, a ignorância, as
injustiças e outras mazelas.
João Maria de Medeiros é
professor, poeta e cronista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário