Os executivos da maior empreiteira do País decidiram firmar acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República nos processos relativos à Operação Lava Jato. O empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, preso na Operação Erga Omnes desde 19 de junho de 2015, está entre os que devem fazer a colaboração.
O acordo depende do aval e da eventual homologação no Supremo Tribunal Federal.Pesou na decisão da empresa, que já está negociando acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União, a deflagração da operação Xepa, nesta terça-feira, 22. A Xepa, 26ª etapa da Lava Jato, tem base essencialmente na colaboração da ex-secretária do Grupo Odebrecht, Maria Lúcia Guimarães Tavares.
Presa em fevereiro na operação Acarajé, que teve como alvo o marqueteiro João Santana, das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010/2014), Maria Lúcia revelou os caminhos da propina paga pela empreiteira.
Na residência da ex-secretária, a Polícia Federal apreendeu um programa de computador com os arquivos dos pagamentos ilícitos.
Também pesou na decisão dos executivos da construtora em fazer a delação a condenação do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht.
Acusado de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação criminosa, Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão.
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, 22, a Odebrecht "avaliações e reflexões" feitas por acionistas e executivos da empresa resultaram na decisão. "A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União"...
MSN
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