segunda-feira, 18 de abril de 2016

Governo deu por perdido no voto nº 208

Jandira Feghali: A deputada Jandira Feghali e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi abraçado pelo deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)
BRASÍLIA - Mesmo com discursos otimistas antes da votação, oposição e governo entraram no plenário ontem sem a certeza de que teriam os votos necessários para aprovação ou para barrar o impeachment da presidente Dilma, já que havia um grupo de indecisos que era cortejados pelos dois lados. A partir do voto 208 favorável ao afastamento, pouco antes das 21h, os governistas começaram a jogar a toalha e os ânimos se exaltaram.
Sem perspectiva de mudança de cenário, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PCdoB-SP), procurou os jornalistas para anunciar que seria difícil reverter a votação. “Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão.”
Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. “Nós estamos no jogo. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas”, disse, aos gritos.
Aos poucos, os votos dos que se declaravam indecisos foram se revelando no plenário, para desespero dos governistas. As primeiras decepções vieram com os votos favoráveis ao afastamento de Giacobo (PR-PR), do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e de Flávia Morais (PDT-GO). O voto pró-impeachment de Tiririca (PR-SP) foi um dos mais celebrados pela oposição. “Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua”, lamentou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). O petista disse que agora a luta será “na rua e no Senado”...
MSN

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