quinta-feira, 7 de abril de 2016

PP se mantém na base de Dilma, mas libera dissidentes para votar no impeachment

Ciro Nogueira, presidente do PP  (Foto: Moreira Mariz / Ag. Senado)
O Globo

Horas antes do início da leitura do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na comissão do impeachment pedindo o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou nesta quarta-feira a permanência do partido na base aliada. Ele disse que “mais de 40” dos 57 deputados e senadores progressistas concordam com a manutenção do apoio à Dilma. Os demais, afirmou, estão liberados para votarem a favor do impeachment. A informação foi antecipada pelo colunista Ilimar Franco do blog Panorama Político.
No entanto, parlamentares do PP que defendem o rompimento da legenda com o governo divulgaram depois uma nota em que cobram a realização da reunião do Diretório Nacional para decidir sobre a questão. Na nota, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) diz que 22 deputados e 4 senadores assinaram o documento de convocação da reunião do Diretório Nacional e afirmam que a reunião feita na manhã de hoje não valeu para essa finalidade.
” Nós temos que deixar bem claro que o que nós estamos aguardando é a marcação de uma reunião do Diretório Nacional, de maneira extraordinária, porque conseguimos mais de um terço de assinaturas, conforme prevê o estatuto, para que ela seja convocada e decidir a permanência ou a saída do governo”, disse Jerônimo. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) contestou o levantamento interno apresentado por Ciro, de que mais de 40 dos 57 deputados e senadores da sigla não concordam em romper com Dilma. “A avaliação do presidente está equivocada. A votação do impeachment traduzirá isso muito claramente. Ele não terá os votos que está dizendo que tem a favor do governo”, disse Lopes.


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