sábado, 13 de maio de 2017

Delatores chamavam Dilma de tia e Lula de Pavarotti

O Globo
Para fazer anotações em agendas sem deixar muitos rastros, os publicitários João Santana e Mônica Moura criaram apelidos para seus principais interlocutores. A ex-presidente Dilma Rousseff era a tia. O antecessor dela, Luiz Inácio Lula da Silva, era o Pavarotti, em alusão ao cantor de ópera italiano Luciano Pavarotti. E o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega era o laticínio, pela proximidade do sobrenome com a palavra manteiga. As anotações se referiam a reuniões ou cobranças de pagamentos pela campanha de 2014. O segredo foi revelado em um dos depoimentos da delação premiada de Mônica.
– O apelido de Mantega, não achem graça, era laticínio, que João inventou, porque era manteiga. Pra não chamar Mantega, Mantega… A gente só se referia a ele como laticínio. A gente inventava apelido para as pessoas pra não ficar anotando o nome deles em agenda. A Dilma só era tia. (Lula) era Pavarotti, porque tinha uma época que ele tava muito gordo, tinha barba, parecia Pavarotti. Era Pava ou Pavarotti. Na minha agenda, tenho vários telefones anotados como Pava. Eu tenho na minha agenda anotado “reunião com laticínio”, “ligar para o laticínio” – contou a delatora.


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