Dizer que as puladas de cerca do homem podem fazer bem ao casamento parece uma atitude insuportavelmente machista, não é verdade? Mas há quem defenda essa tese, como a psicóloga francesa Maryse Vaillant, autora do livro Les Hommes, IAmour, la Fidélité (“Os Homens, o Amor, a Fidelidade”, ainda inédito no Brasil). Nessa obra, ela faz afirmações do tipo:
“A maioria dos homens precisa de seu próprio espaço. Para eles, a infidelidade conjugal é praticamente inevitável.”
“Ser infiel não significa romper os votos do matrimônio ou deixar de amar a esposa. É a necessidade [que os homens têm] de ceder aos impulsos.”
“As mulheres podem ter uma experiência incrivelmente libertadora ao aceitar que os pactos de fidelidade não são naturais, mas culturais.”
A antropóloga Mirian Goldenberg, professora da UFRJ e autora de Por Que Homens e Mulheres Traem? (Bestbolso), concorda em pelo menos um ponto: a infidelidade masculina não impede o homem de amar sua parceira oficial. “Ninguém quer deixar de experimentar os próprios desejos mesmo amando e desejando a esposa, mesmo querendo estar com ela”, disse Miriam em entrevista recente à revista Alfa. “São as duas coisas ao mesmo tempo”.
Blog do Robson Pires
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