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O governo tem entre três e quatro semanas para tentar reverter o quadro. A votação deve ocorrer na primeira semana de outubro.
Na última semana, o governo entregou sua defesa final para as 15 irregularidades apontadas pelo TCU.
Entre elas estão o pagamento de despesas da União por bancos públicos e gastos sem autorização do Congresso. A defesa oscila entre dizer que os atos não são ilegais e que, se forem, já ocorriam e foram permitidos pelo próprio TCU.
O parecer do tribunal será levado ao Congresso. Se houver rejeição das contas e a posterior confirmação do veredicto pelos parlamentares, abre-se caminho para um pedido de impeachment de Dilma.
O desrespeito aos princípios do orçamento público já colocariam o governo em situação complicada. Mas o enfraquecimento da presidente e estratégia de sua defesa ajudaram a piorar ainda mais o ambiente.
Declarações de que a análise estava sendo política irritaram ministros e técnicos –é a área técnica do TCU, formada por concursados, que apontou irregularidades.
O ministro Augusto Nardes passou a andar com seguranças, dizendo que ele e seus assessores estão recebendo ameaças por e-mail. O ministro da Justiça determinou à PF a abertura de uma investigação.
Folha Press
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