No primeiro artigo que publiquei
afirmei que não será difícil prever o futuro do nosso bairro daqui a 30 anos e
continuo com o mesmo pensamento. O maior problema dos escravos nunca foi sua
cor e sim seu pensamento. Muitos deles foram educados a creditarem que eram
escravos. Até as igrejas na época haviam convencido eles dessa mentira.
Imagine um escravo trabalhando na
casa do patrão, mas sem poder usufruir de quase nada. Eles tinham toda riqueza
ao seu redor, mas haviam sido convencidos que nada lhes pertencia. A única
coisa que separa o bairro Paraíso do restante da cidade é uma ponte, apenas uma
ponte. Mas na verdade não é a ponte que nos separa dos privilégios e de
direitos conquistados por outras pessoas de nossa cidade. O que realmente
separa esse bairro dos demais é a sua tradição. Sua história e sua cultura.
Diferente de todos os bairros, aqui
o voto é o mais barato. O Paraíso é um excelente alvo para qualquer pessoa que
almeja projeção política. Basta ter apenas bastante dinheiro no bolso. E o bom
discurso? Não interessa o dinheiro aqui sempre falará mais alto.
Daqui a 30 anos o Paraíso será
ainda o principal alvo dos nossos políticos e assim como vem acontecendo
sempre, mais uma vez a maioria venderá sua consciência por alguns míseros reais,
moeda que circula com força em nosso país.
César,
ResponderExcluirVocê está certo! É duro imaginar nosso querido Paraíso daqui a 30 anos e constatar que NADA mudará!