quarta-feira, 17 de julho de 2013

CORDEL DA TELEXFREE

Cordel da TELEXFREE
Autor: Paulo César de Araújo


Surgiu em dois mil e doze
Em quase todo o Brasil
Um esquema fraudulento
Algo que jamais se viu
Oferecendo fortunas
E muita gente caiu

O que chamou atenção
Pra todo mundo entrar
Foi ver pobre de Ferrari
Parando de trabalhar
Pastor dizendo na igreja:
Pode entrar por Jeová

Era um nome muito estranho
Que traria conseqüências
Chamado TELEXFREE
Que logo virou tendência
Dela ninguém escapou
Até quem tinha influência

Policial militar
Professor e engenheiro
Médico e advogado
Fazendeiro e até coveiro
Todo mundo quis entrar
Até mesmo o macumbeiro

Era muita propaganda
De gente ficando rica
E o povo admirado
Dizendo: como se explica?
Para entrar nesse esquema
Roubaram até Santa Rita

O povo já não comprava
Pois só queria vender
Teve quem vendesse a casa
E entregasse sem saber
Quase todo seu dinheiro
Sem nada compreender

Imagine meu amigo
Você dar tudo o que tem
Confiando numa empresa
Que surgiu lá do além
Investindo seu dinheiro
Ficando sem um vintém

Mas o tempo foi passando
E surgindo a verdade
A TELEXFREE revelando
Toda sua malandragem
E a justiça interpretou
Que era tudo maquiagem

É difícil de dizer
Quem foi menos competente
O povo que nela entrou
Ou ela que enganou gente
Levando-nos a perguntar:
Quem foi mais inteligente?

Termino aqui os meus versos
Dizendo com segurança
Que esse esquema fraudulento
Ainda tem esperança
Pois o homem de tempo em tempo
Volta sempre a ser criança

Fica aqui o meu conselho
Seja sempre curioso
Mas evite ingressar
Naquilo que é duvidoso
Pois pirâmide financeira
É um bicho perigoso!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Não é o poder que corrompe o homem. O homem é que corrompe o poder”!