segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A rifa

Um caipira com sérios problemas financeiros vendeu uma mula para outro fazendeiro também caipira por R$ 100,00, que concordou  em receber a mula no dia seguinte. 
Entretanto, no dia seguinte ele chegou e disse:
- Cumpadi, cê me discurpa mais a mula morreu. 
- Morreu? 
- Morreu. 
- Intão me devorve o dinheiro. 
- Ih... já gastei. 
- Tudo? 
- Tudin. 
- Intão me traiz a mula. 
- Morta? 
- É, uai, ela num morreu? 
- Morreu. Mais qui cê vai fazê com uma mula morta? 
- Vou rifá? 
- Rifá? 
- É, uai! 
- A mula morta? Quem vai querê? 
- É só num fala qui ela morreu. 
- Intão ta intão. 
Um mês depois os dois se encontram e o fazendeiro que vendeu a mula pergunta: 
- Ô Cumpadi, e a mula morta? 
- Rifei. Vendi 500 bilhete a 2 real cada. Faturei 998 real.
- Eita! Ninguém recramô? 
- Só o homi qui ganhô. 
- E o que o cê feiz? 
- Devorvi os 2,00 real pra ele.

Um comentário:

“Não é o poder que corrompe o homem. O homem é que corrompe o poder”!