O secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou à Indonésia que cancele as execuções programadas de nove estrangeiros e um indonésio que foram condenados por crimes de tráfico de drogas. Entre os estrangeiros, está o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte. Um comunicado do gabinete de Ban Ki-moon diz que as Nações Unidas se opõem à pena de morte "em todas as circunstâncias". As execuções causaram clamor generalizado e ameaças de retaliações diplomáticas. Ban pediu ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, que "avalie urgentemente declarar uma moratória sobre a pena de morte na Indonésia, com vistas à abolição". Autoridades indonésias não disseram quando as execuções ocorrerão, mas prometeram realizá-las. Widodo disse que a Indonésia está sofrendo um "emergência de drogas". Os estrangeiros são três homens nigerianos, dois homens australianos, uma mulher filipina, e um homem do Brasil, um de Gana e um da França. O brasileiro condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, recebeu notificação no início da tarde de sábado (horário da Indonésia, madrugada no Brasil) de que será executado por fuzilamento a partir da próxima terça-feira (28). Gularte foi preso em julho de 2004 ao entrar no país com seis quilos de cocaína camuflados em pranchas de surfe. No ano seguinte, foi condenado à morte. A informação sobre a notificação foi fornecida pelo Itamaraty, acrescentando que as autoridades brasileiras seguem em negociação na tentativa de reverter a pena.
BN
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