sábado, 16 de outubro de 2010

Programa do Leite deve ser suspenso; falta pagamento


Beneficiando direta e indiretamente mais de 500 mil pessoas no campo e nas cidades, a cadeia produtiva do Programa do Leite no Rio Grande do Norte pode sofrer colapso. Motivo: falta de pagamento.

O Governo do Estado completou sexta (15) quatro quinzenas sem cobrir compromisso financeiro com os produtores. Isso significa cerca de R$ 12 milhões de débito.

A partir de segunda (18), é possível que haja corte no fornecimento dos 155 mil litros/dia do programa. Ele surgiu no período do governo Geraldo Melo (1987-1990), teve paralisação na gestão José Agripino (1991-1994) e foi retomado em 1995 com o Governo Garibaldi Alves Filho.

Apreensão

A Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte, Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Norte (SINDILEITE), Sindicato dos Produtores de Leite, Carnes e Derivados do Rio Grande do Norte e Associação Norte-riograndense de Criadores revelam apreensão com o impasse. Com razão.

O Programa do Leite transformou-se num dos pilares da economia do Rio Grande do Norte. Fez florescer uma indústria rural forte, ampliou distribuição de renda, contribuiu à fixação do homem no campo e tem reflexos excepcionais na saúde de milhares de crianças e adultos, além de combater a mortalidade infantil.


Prefeito de Doutor Severiano e presidente do Sindileite, Francisco Néri (PSB) conta que o governo garantira pagamento de parte da dívida para a sexta (15). Não honrou a palavra.

Nota do Blog - Entre maio e junho deste ano, o Governo do Estado travou batalha política na Assembleia Legislativa para promover remanejamento orçamentário.

Afirmava, em argumentação para aprovar a matéria, que sem o endosso da Casa não teria como pagar o Programa do Leite.

Passados cerca de quatro meses, eis o buraco.





Blog do Carlos Santos

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