De longe, eles chamam atenção. O teto dos ginásios em formato de "v" invertido e a faixada que lembra uma colmeia se destacam entre as demais construções. Os prédios largos com dois andares compõe o visual imponente. Porém, basta um olhar mais de perto, para constatar que a maioria dos Centros de Atenção Integrada à Criança (CAICs) existentes no Rio Grande do Norte precisa de reparos, reformas e até mesmo construções para continuar de pé. Pixações, infiltrações, pisos e paredes quebrados são alguns dos problemas enfrentados por alunos e professores.
No Estado, existem 14 unidades de CAICs que foram construídos pelo Governo Federal no período de 1993 a 1994. Em 2003, a então governadora Wilma de Faria solicitou a transferência para o patrimônio do Estado. Até hoje, alguns processos não foram finalizados e o CAIC de Caraúbas, por exemplo, está completamente abandonado e destruído. Das demais unidades, apenas uma - localizada no bairro Planalto, em Natal - pertence à prefeitura da capital.
A chefe do setor de Assessoria Técnica e de Planejamento (ATP) da secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seec), Elisabete Barbosa de Lima, informou que a Seec tem conhecimento dos problemas enfrentados pelos CAICs, porém, o processo de doação das unidades ainda não foi concluído, o que, segundo a assessora, atrapalha os trabalhos. "Estamos ainda com o processo de doação do Patrimônio da União para o Governo do Estado", disse.
Por Roberto Lucena.
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