Alvo dos principais programas dos governos petistas, as famílias mais pobres receberam uma péssima notícia: o governo da presidente Dilma Rousseff suspendeu todos os novos contratos para construção de casas populares que beneficiem a faixa 1 do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, que ganham até R$ 1,6 mil mensais.
A decisão foi tomada com a justificativa de que novas contratações ficarão suspensas até que o governo pague o que deve às empresas do programa Minha Casa, Minha Vida. Só no Rio Grande do Norte, a dívida é superior a R$ 13 milhões, fora os próximos débitos que ainda vão ser faturados.
A suspensão dos contratos para oferta de novas unidades habitacionais já estava prevista. No primeiro semestre deste ano, o governo federal contratou a construção de 202 mil casas e apenas 3,66% destas unidades serão destinadas às famílias da faixa 1.
Com as receitas em baixa, e a arrecadação em queda, o governo não tem mais condições de continuar bancando 95 por cento do custo da construção de casas para as famílias mais pobres.
A pergunta que fica: por que essa decisão não foi anunciada antes? Por que somente depois do primeiro semestre do segundo governo? Para preservar o projeto da reeleição?
Para se ter uma ideia do “calote” nos mais pobres, o governo Lula investiu R$ 18 bilhões em subsídios para as famílias da faixa 1, enquanto no primeiro governo Dilma o subsídio subiu para R$ 62,5 bilhões.
Com a chegada do período das vacas magras, o orçamento do Minha Casa, Minha Vida caiu, em 2015, de quase R$ 20 bilhões para R$ 13 bilhões.
Realmente, entre os pobres, vai ser difícil arranjar mais votos.
BBG
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