No texto sagrado diz que no
momento da criação do ser humano Deus proferiu: façamos o homem a nossa imagem
e semelhança. Algo mais maravilhoso não poderia acontecer, o homem criado à
semelhança do divino, com a capacidade de pensar e também de criar.
Mas durante a existência do homem na terra
algo contrário a este propósito divino aconteceu: o homem deixou de ser
semelhante a Deus e passou a criar a imagem de Deus à sua própria maneira, ou
seja, não era mais o criador formando a criatura a sua semelhança, mas a
criatura adaptando a imagem de Deus a sua própria visão de mundo.
Com o passar dos séculos Deus vem
sendo desenhado de várias maneiras e de acordo com a visão de cada um. Por
muitos ele é visto como um ser que perdoa, mas também que castiga. Um ser que
retribui a cada um segundo as suas obras. Um Deus que escolhe o destino de
alguns para obras exclusivas e outros não. Que decide quem deve viver e quem
deve morrer. Que ama os justos e pune os pecadores. Que permitirá que muitos
sejam salvos vivendo no céu e tantos outros sejam condenados vivendo
eternamente no inferno.
É exatamente esse quadro que as
religiões vêm desenhando há muito tempo. Elas desenharam um Deus de acordo com
suas tradições, costumes e compreensões do que realmente seja Deus para elas. O
divino segundo suas próprias interpretações.
Quando esteve aqui entre nós,
Jesus tentou desmistificar essa imagem desqualificada de Deus através de sua
vida e de seus ensinamentos, mas os homens e as religiões também fizeram o
mesmo com Jesus: criaram um Cristo a sua imagem e semelhança. Jesus deixou de
ser aquele a quem deveríamos seguir e imitar e passou a ser o garoto propaganda
dos interesses religiosos de cada grupo representado em nosso mundo.
Escrito por Paulo César
Escrito por Paulo César
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