Brasília – No próximo mês, quase 50
pacientes voluntários do hospital de Marselha, no Sul da França, vão receber
uma vacina que foi desenvolvida no país para o tratamento da aids. A vacina que
ainda está em estudo é pesquisada há mais de 15 anos.
De
acordo com as equipes responsáveis, os testes feitas em macacos nesse período
mostraram resultados positivos: o HIV deixou de ser detectado pelos exames
depois de dois meses de tratamento.Os resultados motivaram a Agência Francesa
de Segurança de Remédios a autorizar o início dos
testes em humanos.
Os
voluntários vão receber, durante quatro meses, doses com porcentagens variáveis
da vacina desenvolvida pela equipe do professor Erwann Lorett. Se o
resultado for positivo nesses casos, mais 80 pacientes também serão vacinados.
Mesmo
diante da notícia, especialistas recomendam prudência. Os pesquisadores lembram
que a nova esperança para os portadores do HIV não é diretamente combater o
vírus, mas reforçar o sistema imunológico, substituindo os pesados tratamentos
com o coquetel de remédios contra a aids,
que tem muitos efeitos colaterais.
Representantes da Agência
Francesa de Pesquisa contra a aids e da associações de luta contra a doença
adotaram um tom de cautela diante da notícia, ao lembrar que atualmente existem
cerca de 25 vacinas contra a Aids sendo testadas no mundo. Segundo essas
instituições, se a eficiência das vacinas for comprovada, os soropositivos vão
poder, na melhor das hipóteses, controlar o vírus, mas não eliminá-lo do
organismo.
agenciabrasil.ebc.com.br
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