terça-feira, 8 de janeiro de 2013

o sábio e o rei


Conta-se, sem uma comprovação histórica, mas em forma de lenda, que o último dos grandes imperadores romanos, Marco Aurélio Antonino Augusto (Marco Aurélio), tinha o hábito de falar ao seu povo com o cuidado de não assumir a condição de um deus.
Os imperadores romanos eram tratados como tal. Ele, ao contrário, seria moderado em relação a essa deificação terrena.
Culto e querido pelos romanos, Marco Aurélio sempre tinha um cortesão ao seu lado para lembrá-lo: “O senhor é humano!”
Na cultura oriental, é célebre a parábola que envolve um sábio e um rei.
Jovem, entronizado no poder com a morte do seu pai, o novo rei chama um velho filósofo que servia ao reino há décadas e lhe pede um conselho para bem administrar seu povo.
O sábio dá o primeiro parecer. Recomenda-o a aproveitar bem a festa de sua ascensão ao trono. É um momento de profunda alegria.
Assinala que quando for dormir, após a festança, o rei encontrará em sua cama um papiro com sua única instrução. Servirá para as ocasiões distintas que o monarca viverá.
Sem questioná-lo, o rei retorna ao burburinho de cores, música e comilança com sua corte, cercado por serviçais.
Ao chegar ao seu quarto, após horas de êxtase, resolve abrir logo o papiro e lê:
- Tudo passa!
* Na vida dos comuns e dos poderosos é sempre assim: alegrias e tristezas passam. Tudo é fugaz, sobretudo no poder.
Blog do Carlos Santos

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“Não é o poder que corrompe o homem. O homem é que corrompe o poder”!